_______________________________________________________________________
Abaporu
O quadro Abaporu de Tarsila do Amaral é hoje a tela brasileira
mais valorizada no mundo – US$ 1,5 milhão.
Encontra-se exposta no Museu de
arte latino-americana de Buenos Aires.
Nomenclatura
Abaporu vem dos
termos em tupi aba (homem), pora (gente) e ú (comer), significando "homem
que come gente“. O nome é
uma referência à antropofagia modernista, que se propunha a deglutir a cultura
estrangeira e adaptá-la à realidade brasileira.
Símbolos regionais
O Sol,
assim como o Cácto é
característico de uma terra árida e seca como o Nordeste. No entanto, Tarsila
utiliza esses dois símbolos como
referência ao meio rural, pois toda a riqueza, na época, estava ligada
diretamente ao campo , por meio da agricultura.
Desvalorização da mente
Em o Abaporu Tarsila
buscou se desprender dos ideais europeus
da época. A cabeça pequena, reflete a ideia de que por vezes o intelectual, não é o mais importante, a
depender do momento e da situação.
Valorização dos membros
Ao criar
as mãos e os pés em tamanho maior que outros membros, Tarsila buscou retratar o
Brasil da época que era construído por pessoas simples, com trabalhos braçais,
em sua maioria no campo. Neste sentido, as mãos e os pés tinham mais valor que
a mente, por isso, a cabeça pequena, enquanto que os membros foram desenhados
em destaque.
_________________________________________________________________________________
O GRITO
_________________________________________________________________________________
O GRITO
O quadro mais caro já arrematado em leilão da história. O
Grito de Edvard Munch de 1895 é avaliado em 120 milhões de dólares. Apesar
desse alto valor, o Grito não é o quadro mais valioso de todos os tempos, sendo
este "The Card Players", de Paul Cezanne, avaliado em 250 milhões de
dólares.
Edvard Munch, O Grito, 1893,
Óleo sobre tela,
Têmpera e Pastel sobre cartão, Galeria
Nacional, Oslo.
A paisagem
Trata-se de "Kristiania",
atual Oslo, vista de Ekeberg, em cujo
asilo psiquiátrico a irmã mais nova de Munch, Laura, foi internada por causa de
sua esquizofrenia. O lugar também fica perto do matadouro da cidade.
Inspiração
os gritos
dos animais no matadouro combinados com os dos loucos no asilo, intensificaram a ansiedade
do artista sobre seu próprio estado de saúde. Munch que perdeu a mãe e a irmã
mais velha na infância, sofreu com frequentes depressões e crises de
alcoolismo.
As cores
Vemos ao
fundo um céu de (cores quentes), em oposição ao rio em azul (cor fria) que
sobe acima do horizonte, característica do expressionismo (onde o que
interessa para o artista é a expressão de suas ideias e não um retrato da
realidade)
A cor da angústia
Vemos que
a figura humana também está em cores frias, azul, como a cor da angústia e da
dor, sem cabelo para demonstrar um estado de saúde precário.
Elementos tortos
Os
elementos descritos estão tortos, como se reproduzindo o grito dado pela
figura, como se entortando com o berro, algo que reproduza as ondas sonoras.
Quase tudo está torto, menos a ponte e as duas figuras que estão no canto
esquerdo.
A dor do grito
A dor do
grito está presente não só na personagem, mas também no fundo, o que destaca
que a vida para quem sofre não é como as outras pessoas a enxergam, é dolorosa
também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário